Capa: Avelino de Araujo
O Livro de Sonetos
(Edição do Autor, 1994, Natal-RN), reúne trabalhos de 1984 até o ano de sua publicação
e é tido como o único livro do mundo constituído exclusivamente por sonetos
visuais.
São 24 poemas marcados pela experimentação e subversão da
estrutura do soneto. Um exemplo disso pode ser verificado no " SONETO
AMÉRICA LATINA", no qual a inversão da ordem usual
("quartetos"/"tercetos") está relacionada com a
representação do garfo, sugerindo uma leitura do papel de “alimento” que a
América Latina desempenha no mundo, assim como outras “periferias globais”.
O poeta também desconstrói o conceito da forma fixa, brincando
com objetos do cotidiano: alfabeto, símbolos matemáticos, símbolos de
pontuação, etc. Ele se utiliza de todas essas ferramentas para lembrar da
vastidão da poesia e, por isso, em sua visão, da impossibilidade de
aprisioná-la em moldes impostos que têm por objetivo, também, o caráter de "regra
imutável".
O livro é um protesto
que repensa o lugar da poesia e, nesse contexto, o poeta rompe as barreias
ideológicas de um 'Apartheid' literário e se coloca como o último e destoante
elemento do poema "ANTÍPODAS".
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